segunda-feira, junho 22, 2009

O QUE É CRISE PARA UNS É OPORTUNIDADE PARA OUTROS

Qual é o foco de suas percepções? No problema ou na solução? Pessoas percebem e priorizam circunstancias e situações de forma diversa. Algumas diante de uma dada situação focalizam o problema e criam defesas. Outras, focalizam a solução e pensam formas de aproveitar oportunidades. Os EUA estão em crise e focalizam no problema, buscam desesperadamente criar barreiras para não perderem sua força e fecham-se, evitando maiores perdas. Os Chineses diante da crise produzem oportunidades. Como os maiores credores americanos desencadeiam negociações e adquirem ícones da força econômica americana. Desenvolvem programa de crescimento e ainda criam formas de ajudar os EUA a manterem sua condição de força, pois, como credores têm interesse em que os americanos consigam pagar suas contas. Assim, injetam recursos, mas, mudam a realidade das relações estabelecidas até o momento. Penso que daqui a 5 anos a realidade econômica mundial será absolutamente diferente do que temos até hoje. A crise econômica mundial atual produzirá um reordenamento do capital e da produção. Sou da área da educação e tenho escutado de colegas o discurso da crise como o responsável pelo sumisso do cliente – 0 aluno. Vejo de forma diferente o momento: as grandes empresas realmente estão dispensando pessoas, mas, não dispensam aquelas que têm conhecimentos. Dispensam os trabalhadores que não fazem diferença alguma, que não acrescentem capital intelectual. Essas pessoas, em sua maioria estão perdendo os trabalhos por que, na avaliação de desempenho, não adquiriram capital intelectual suficiente para agregar ao ativo da empresa e, portanto, não têm força de negociação. Assim, para a educação a crise econômica é importante por que gera uma demanda por qualificação, formação acadêmica, aquisição de novos conhecimentos. Há tempos sabemos que, o trabalhador que não se atualiza, que não faz leituras, que não tem cultura geral e conhecimentos específicos, que não aprendeu novas formas de solucionar velhos problemas, está fadado a perder lugar no mercado por que suas soluções são repetitivas e conservadoras – “sempre deu certo assim”. Com a necessidade de priorizar pessoal e focar na qualidade da produção e atendimento, o mercado vai absorver pessoas que agregam valor, que tenham bom vocabulário, argumentos e pensem rápido. Você se preparou para esse momento? Se não, perder o trabalho pode ser a oportunidade para preparar-se melhor. Pense nisso!

sexta-feira, junho 12, 2009

VAMOS FAZER COMPROMISSO COM AS EMPRESAS?

Ultimamente tenho conversado muito com alunos e trabalhadores acerca da condição atual de relacionamento com as empresas. Uma coisa que percebo manter-se nos discursos e que, para mim, tem som de tambor primitivo a martelar nas mesmas notas, é a posição do trabalhador com relação ás suas empresas. Continuamos pensando que a obrigação de garantir conhecimento, trabalho, desenvolvimento, crescimento, é da empresa. São raras as situações ou conversas em que escuto um trabalhador colocando-se na primeira pessoa e chamando para si o compromisso de contribuir com a empresa. Fico sempre a pensar nos fatores que motivam esse comportamento. Sempre escuto nos discursos a repetição de frases como: a sociedade faz isso, o governo faz aquilo, as empresas fazem assim, os patrões fazem assado. Mas, raramente percebo um compromisso do trabalhador por devolver á empresa aquilo que ela investe. Quando levanto a questão entre a empresa que cuida do treinamento, que auxilia na formação acadêmica, que pensa em políticas de pessoal mais humanizadoras e que espera uma resposta diferente e compativel do trabalhador, percebo nas faces um risinho expressões assim: “mas, tem que ser”, “mas, eles dão isso e não fazem aquilo”, “mas, é difícil”, “mas, é complicado”. Percebo que os trabalhadores, em sua maioria, em cidades e empresas pequenas e médias, em cargos de nível médio, ainda acreditam que a empresa é quem deve “cuidar” dele, dar-lhe todas as garantias e ele, o trabalhador deve como retorno apenas, “fazer o que é necessário”. O Brasil enfrenta um grande desafio atualmente: globalizar-se no âmbito do profissional. Temos tecnologias, economia, recursos, mas, não temos profissionais com conhecimento e mentalidades globalizados. Os trabalhadores continuam agindo conforme o modelo clássico de administração. Dizem que não gostam do modelo de gerente capataz, que ficam o tempo todo vigiando e exigindo resultado. O chamado modelo X de administração, mas, se a empresa faz movimentos de deixá-lo livre a responsabilizar-se por sua produção de forma a fazer o melhor, ele não faz. Ele faz o necessário. E assim, o país não sai de um patamar mediano de qualidade profissional. Temos todo o necessário para crescer e apresentarmo-nos mundialmente de uma maneira mais desenvolvida, caso nosso trabalhador consiga olhar para si mesmo e para sua produção e conseguir comprometer-se com a empresa no sentido de desejar crescer, para que ela cresça. O capital do conhecimento é de cada um. Pense nisso!