terça-feira, maio 17, 2011

HUMANIDADES E ORGANIZAÇÕES

Pensar as organizações de forma sistêmica e valorizando pessoas mais que processos é o desafio do século. Pensar pessoas em organizações de forma ampliada é atividade para gestores antenados com as necessidades empresariais atuais e de futuro. Fala-se muito sobre o desafio de levar empresas ao sucesso ou mantê-las em um patamar competitivo, mas, como fazer isso? Pessoas mais que processos, pessoas mais que estrutura tecnológica, pessoas mais que normatizações rígidas é o foco. Não que a tecnologia ou processos organizativos sejam menos importantes, mas, já atingimos patamar de qualidade nesses setores e o que se percebe é que, para consolidar e ampliar precisamos trabalhar na perspectiva sistêmica de desenvolver e expandir pessoas. Pensar sistemicamente as organizações significa pensá-la como um todo complexo onde as pessoas são o mais importante. Para isso gestores devem desenvolver habilidades até então pouco usadas e até negadas nas organizações. Os gestores das grandes organizações ainda estão habituados a pensar as pessoas como parte dos processos e não ao contrário. Quando algo apresenta resultado diferente do esperado a tendência é buscar em que ponto do processo aconteceu o “erro”. É mais fácil e rápido agir dessa forma, mas, os resultados têm mostrado que, para manter-se competitiva as empresas precisam abrir mão dos resultados imediatos e apostar nas mudanças de médio e longo prazo. Temos toda a tecnologia e informação que precisamos e as coisas não estão caminhando como o esperado, por quê? Exatamente por que pessoas não funcionam como máquinas. Pessoas precisam de mais tempo para aprender e mudar e mais tempo ainda para desejar mudar. No foco dos processos quando o resultado não é bom muda-se a técnica, o software, a peça. Esquecemos que o processo não funciona por que são pessoas que os empreendem. A sistêmica exige habilidades de liderança que prevejam as questões afetivo-emocionais. Um gestor que pensa todo o processo e esquece as pessoas está fadado ao insucesso. A liderança do século é colaborativa. Discursos de valorização das pessoas aparecem como valor nas grandes organizações, mas, como isso se efetiva no cotidiano? Como os gestores atuam para que os talentos sejam reconhecidos e aproveitados? A grande maioria está no discurso, mas, na prática ainda agem com preferencialismos e apadrinhamentos mantendo pessoas que servem para o fortalecimento do poder dos gestores e não da empresa. Pensem nisso!