terça-feira, dezembro 18, 2012

A LIDERANÇA COMO FORMA DE GESTÃO

“É no pequeno grupo (família, empresa, escola, igreja) que o individuo prova, realmente, sua liberdade e aparece como Pessoa. Não valem as liberdades garantidas na Constituição se, no pequeno grupo, não existem reciprocidade e respeito á pessoa humana”. Essa colocação do Prof. Lauro Lima, expoente no trabalho de escrever sobre Dinâmica de Grupo no Brasil, lembra uma importante condição para a preparação de lideranças nas empresas. De nada adianta desejarmos, enquanto contratadores, pessoas com características e habilidades de liderança se a nossa organização social, desde a sua estrutura de base, não proporciona os meios adequados para que essa pessoa se constitua. De nada adianta a Lei Maior garantir que somos livres para ir e vir, pensar e agir se na família e na escola as crianças são criadas para não questionar, não perguntar com muita veemência e curiosidade. Ainda hoje a criança “problema” na escola é aquela que demonstra ao professor o quanto sua metodologia de ensinar não atrai, ou, aquela que, curiosa, pergunta. Esse tipo de criança, ativa por natureza, curiosa do funcionamento das coisas e pessoas é que tem o potencial para ser o profissional pró-ativo que tanto queremos nas empresas. Essa é a grande problemática do mundo capitalista pós-moderno, romper com a cultura que produziu pessoas que não deviam pensar nem perguntar no ambiente de trabalho. Ainda hoje ouvimos superiores hierárquicos localizando claramente sua “autoridade” com expressões como – não pense você não é pago para pensar, faça o que mando. Quem faz diariamente um tipo de trabalho desenvolve conhecimento e aprende. Está preparado para sugerir soluções. Basta que a chefia, a autoridade constituída, deixe de exercer o autoritarismo e permita que as pessoas do grupo contribuam. Chegamos a uma outra questão importante acerca do tema LIDERANÇA. Todas as pessoas que exercem cargo de chefia, direção, gerencia, são lideres? Óbvio que não. Exatamente por esse motivo precisam lançar mão do autoritarismo, ou seja, do poder de coerção para conseguirem obediência. Um líder não é obedecido é seguido, um líder não é autoritário, possui autoridade, outorgada a ele pelos outros elementos de seu grupo por conquista pessoal, por habilidade no trato com pessoas, por competência no seu fazer. Exatamente por esse motivo é que temos nas empresas a liderança formal, constituída pela hierarquia dos cargos e a liderança informal, construída nas relações de respeito e admiração do grupo.

sábado, dezembro 15, 2012

POR QUE APRENDER COISAS NOVAS PARA O TRABALHO?

É da Pessoa o poder pelo que sabe. Atualmente para conquistar os objetivos da empresa o trabalhador deve melhorar a qualidade do seu desempenho, a isso chamamos – QUALIFICAÇÃO. O que o trabalhador pode fazer para melhorar seu desempenho? Dispor-se a APRENDER. Existem inúmeras formas de aprender. Aqui defino aprendizagem como a forma criativa de usar informação para solucionar problemas práticos. A qualificação do trabalhador é uma forma das empresas aumentarem seus resultados produtivos e manterem-se competitivas. Existe uma regra básica na psicologia que uso em minha prática pedagógica: Nenhum trabalho de mudança pode surtir efeitos reais e duradouros em uma pessoa se ela não se comprometer internamente e DESEJAR mudar. Ou seja, as empresas podem criar meios para o trabalhador melhorar suas qualidades técnicas e comportamentais, mas, se não houver desejo, poucos frutos se colherá do esforço. Como consultora em Gestão de Pessoas tenho experiências que comprovam que, se os gestores empresariais assumem a responsabilidade com o processo de qualificação do empregado e esses não assumem um compromisso com o trabalho interno de aprender, nada mudará. Gasta-se muito dinheiro para continuar exatamente da mesma forma. Creio que é necessário promover um movimento interno ás empresas e empregados no sentido de garantir que cada lado se responsabilize por sua parte. Afinal, empresas sem pessoas não passam de portas, paredes e máquinas. O empregado é responsável pelo seu aprender e deve estabelecer relação de compromisso com isso. À empresa compete oferecer mecanismos de acesso que vão garantir a melhoria técnica e comportamental do trabalhador. Esse esforço deve ser mútuo, pois tanto a empresa quanto o trabalhador obterão vantagens O sistema de trabalho e as empresas têm a função de facilitar, mas é a Pessoa quem vai se apropriar de novos conhecimentos e transformar-los em melhores resultados. Assim, o compromisso é duplo. Em um sistema de trabalho onde a condição interna de empreendedorismo, pró-atividade e liderança são valorizadas, a qualificação não pode ser encarada unicamente como um certificado na parede e um aumento no salário.