quinta-feira, julho 31, 2008

O Intelecto das pessoas como Capital!

Quando falamos em Recursos humanos estamos pensando o trabalhador como parte do ativo da empresa, mas, quando pensamos o trabalhador como capital intelectual das organizações, não estaríamos fazendo o mesmo? A princípio parece que sim e admito que o uso de terminologias técnicas que se transformam em códigos comuns a determinados segmentos de relação laboral, acabam por criar conceitos. O trabalhador como capital intelectual das organizações acaba por ser também algo mecânico, tecnicista, reducionista em sua essência. A diferença no termo é a promessa de mudança de relação entre organizações e trabalhadores. Uma mudança sutil que ainda se enuncia timidamente e apenas faz-se comum ás grandes organizações que encontram-se na escala superior de gestão. Será que o trabalhador de “chão de fábrica” não é capital intelectual? Penso que sim, esses também possuem saberes e experiências construídas no exercício cotidiano do trabalho que são importantes. O que torna diferente a relação é a forma como cada trabalhador elabora seu conhecimento e a sua capacidade de sistematizar e utilizar com método o que aprendeu. A capacidade de fazer análises da prática e devolvê-las enquanto produto para as organizações. O capital intelectual está diretamente relacionado com a habilidade do trabalhador de pensar sua prática, construir conceitos e efetuar criticas que são positivamente devolvidas á organização que transforma a critica em mudanças gerando melhoria em produtos e serviços. Então, a diferença na concepção de recursos humanos e capital intelectual, pode estar, localizada na valorização dos conhecimentos e experiências do trabalhador e na sua habilidade de transformar isso em produto para a organização? Sim, essa é uma forma possível de entender a terminologia. Fora isso, pensar o trabalhador como capital, não se distancia muito de pensá-lo como recurso. Essa sutil diferença é a grande riqueza das empresas no espaço competitivo de mercado. A empresa que consegue perceber e valorizar essa sutil diferença de conceito faz-se forte e conquista melhores resultados, maior sucesso e permanência. Quando as grandes organizações mudam sua forma de perceber, valorizando o conhecimento e experiência, incentivando novas aprendizagens, de modo ao trabalhador devolver enquanto métodos e produtos inovadores e criativos sua capacidade intelectual estão resgatando a capacidade humana de transformar seu meio e transformar-se com ele.

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