quinta-feira, setembro 04, 2008

Política, ética e relações humanas

Caros leitores, hoje pretendo perguntar mais que responder. Caminhando pelas ruas de Itajaí e Balneário Camboriu levo para casa algumas reflexões e quero compartilhá-las. Sobre a política, a ética e as relações humanas no trabalho. No trabalho, quando contratamos uma pessoa para determinado cargo mediante a promessa de um salário é ético ao final do mês não paga-la? Com nossos colegas de trabalho e com a empresa onde estou há bastante tempo, é ético estar junto diariamente e ao sair pensar, “eu quero mais é que essa empresa se exploda”? É ético ficar á vontade para usar a estrutura da empresa em beneficio pessoal? Se eu tenho liberdade para tirar cópias e existe uma cota que não é usada, é ético eu usar essa quantidade não utilizada pela empresa para copiar meus trabalhos de escola? O termo ética pode ser entendido como: as escolhas que a pessoa faz diante das situações da vida. A posição que toma. Na política vemos situações estranhas também. Há poucos dias li em noticiário na internet que um político americano acusado de abuso sexual de menores no Brasil argumentou que “para a cultura brasileira ter relações sexuais com uma menina de 12 ou 13 anos não é percebido como moralmente errado”. E pensei, o fato de existir meninas vendendo o próprio corpo nas ruas das grandes cidades torna correto usá-las? Entre os casais, o fato de a mulher dizer para seu companheiro que quer acreditar dá a ele o direito de enganá-la? Quer dizer que, se eu afirmo que estou pronta a acreditar, estou autorizando o outro a mentir? Será que todos nós agimos assim? Alguns poderão argumentar que a sociedade atual é assim mesmo, que as pessoas enganam e escolhemos acreditar. Mas, fico pensando, será que o fato de eu me dispor a acreditar nas pessoas as autoriza a enganar-me, a mentir? Quanto aos políticos: o fato de o povo ser simples e sem formação acadêmica, sem capacidade para fazer leituras mais complexas autoriza a que prometam coisas que não pretendem cumprir? Se todos acreditamos que as CPIs vão acabar em pizza, por que não liberamos logo o uso do nosso dinheiro para interesses particulares? Se for assim, por que não dizemos ás nossas crianças que as pessoas não devem ser respeitadas e que se ela tiver oportunidade deve mentir em proveito próprio? Que, aquele brinquedinho do amiguinho que ele gostou, se aparecer oportunidade, ele deve sim, levar para si. Onde iríamos parar fazendo isso? Pensem!

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