APRENDER COM AS PERDAS E ROMPER BARREIRAS

O momento de crise é também o momento de aprendizado e todo aprendizado provoca mudanças significativas. Mudar, geralmente é encarado como problema e a nossa cultura entende problema como algo ruim. Na verdade sem os problemas não haveria inteligência, e sim, apenas instinto. O ser humano é racional por que resolve problema e aprende com isso. Apenas fazendo uso de sua capacidade cognitiva o humano transforma seu ambiente e sua vida. A cultura judaico-cristã levou as pessoas a encararem os problemas como sofrimento e a transferir para os representantes da divindade (padres, pastores, gurus, etc) a condição de solução. Não fazemos separação entre as coisas próprias da vida terrena e as coisas do universo celestial. A espiritualidade confunde-se com a vida diária e os desejos do ser humano pelo dinheiro, moradia, relacionamentos, trabalho são confundidos com a função divina, Deus é humanizado quando tem que resolver problemas de dinheiro. Todas essas questões são próprias da vida terrena, coisas que devem ser resolvidas por nós e ao resolvê-las vamos aprendendo e ampliando nossa condição de evolução. Existe conexão em tudo isso. Todas as áreas da vida humana estão ligadas como uma imensa e intrincada rede. A cada novo problema e nova solução formamos um elo nessa rede. Os outros humanos aprendem com os erros e acertos de seus pares e assim, evoluímos enquanto espécie. Com a tendência a transferir para o divino a solução de problemas terrenos acabamos perdendo a oportunidade de evoluir e nos mantemos em níveis quase irracionais de aprendizagem. Existe no planeta humanos vivendo em condições de aprendizagem e, portanto, de vida, quase iguais ás outras espécies animais: buscam alimento, procriam, se movimentam e morrem, mas, com uma diferença crucial: usamos mal nossa condição instintual e nos transformamos em animais piores. Matamos os de nossa espécie por motivos fúteis, provocamos problemas ambientais ao planeta em que vivemos por puro individualismo. No ambiente de trabalho o desafio do momento e conseguirmos fazer com que o trabalhador abandone seu individualismo e a filosofia do “cada um por si” e passe a agir com pensamento coletivo comprometendo-se com as empresas e com os colegas de trabalho. A inteligência coletiva existe em nossa espécie, mas, ainda não é usada da forma correta. Precisamos transformar toda uma cultura primitiva e mudar nossa forma de pensar a vida, o mundo, os relacionamentos e o trabalho para evoluir. Pense nisso!