domingo, agosto 09, 2009

A CULTURA DA EMPRESA E A CULTURA DO TRABALHADOR

Existe, geralmente, grande diferença entre a cultura das empresas e a cultura do trabalhador que começa. Tanto em níveis operacionais de produção quanto em níveis de alta direção, quando um empregado começa na empresa ele precisa de um tempo para entender os códigos e valores do grupo mais antigo. Um fator importante a observar nesse processo é a questão da adequação dos valores e expectativas do empregado aos valores e expectativas da empresa. Nas sociedades em que a base de trabalho é a produção operária e pessoal de reduzido capital intelectual, as necessidades imediatas ditam a forma como o trabalhador vai perceber a empresa e relacionar-se com ela e ainda, a condição que a empresa oferece para que esse trabalhador tenha atendidas as suas necessidades. Assim, quando falamos em cultura organizacional devemos lembrar o nível de evolução tecnológica e intelectual das empresas. Quanto mais desenvolvida tecnológica e intelectualmente é a empresa maior a complexidade dos processos produtivos e melhor a resposta do trabalhador aos seus valores. Podemos falar aqui de seleção natural, no sentido de que, um trabalhador que não reúne as habilidades necessárias ao trabalho mais complexo tende a retirar-se da empresa por não conseguir acompanhá-la ou a ser excluído pelo mesmo motivo. Estamos falando de expectativas, valor agregado, capital intelectual entre empresas e empregados. Pensando sobre a necessidade das empresas evoluírem para melhores produtos, atendimento e, portanto, pessoal para manter-se no mercado de consumo, entendemos os fatores que levam ao aumento da exigência por qualificação e ainda, ao desaparecimento de algumas empresas que não atendem essa exigência. Fala-se muito em crise econômica mundial no momento. Mas as empresas que estão fechando suas portas não são aquelas de produção complexa com pessoal altamente qualificado. Algo que está claro na dinâmica de enxugamento do quadro de pessoal nas empresas que sentem a necessidade de ajustar-se ás novas demandas e aos novos clientes é o fato de que, as empresas não dispensam trabalhadores com habilidades para auxiliá-la no processo de crescimento ou consolidação de mercado. Empresas dispensam pessoas que simplesmente tiram e nada oferecem. Tiram o salário, os benefícios, o status, o trabalho, as garantias, mas, não oferecem conhecimento, inovação, criatividade, ousadia, aumento de produção e lucros. Pensem nisso!

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