quinta-feira, dezembro 03, 2009

A ÉTICA DOS QUE ERRAM E AS REGRAS SOCIAIS E DO TRABALHO

Essa semana vivenciei algumas situações interessantes que me fizeram pensar sobre os valores morais das pessoas e a organização social e do trabalho. As pessoas no trabalho e na sociedade atual tendem a perceber as situações de vida sempre, de modo a justificar suas ações sem pensar muito nos efeitos dessas ações em relação ao coletivo. Lendo reportagens publicadas nesse mês na Isto É e Época, principalmente a que relata a história do conhecido Marcóla, publicada na Isto É pensei que, nossa sociedade precisa urgente de um movimento interno pela ética coletiva e não apenas, pela ética individual. Nas empresas os empregados tendem a referenciar seus problemas sempre a partir do empregador. Se forem demitidos ou incorrem em erros não pensam sobre seu erro ou sobre os efeitos dele para o coletivo. Querem que a empresa e a sociedade entendam que o erro tem justificativa. Mas, se pensarmos assim, enquanto sociedade estamos nos colocando em sério risco. Se todos nos tivermos justificativas aceitas para o crime como ficará a organização social? Certamente que alguém como o Marcóla tem justificativa para o fato de cometer crimes. Todos que erram sempre tem explicação. Mas, qual a função do ser humano organizado em sociedade? Por que criamos Leis? Obviamente que é para tentar evitar que indivíduos coloquem em risco o grupamento social. Certamente que é para evitar que uma pessoa tenha permissão para errar e prejudicar ao grupo. Se não fosse assim, para que criar leis? Se não aprendemos a respeitar leis, como viver e produzir. As leis servem para organizar a vida em grupo e os grupos tanto são humanos quanto de empresas. As empresas incorrem em ilegalidades e tanto os trabalhadores quanto a sociedade julgam e querem, esperam que a punição aconteça. Mas, quando nós, indivíduos cometemos erros legais queremos ser compreendidos. É interessante refletir acerca das formas como nós conseguimos manter as cidades, as empresas, as famílias. Já pensaram, meus leitores, em como seria a nossa vida se não houvesse leis criadas por nós e obedecidas por nós? Já tive oportunidade de fazer essa discussão aqui, com vocês. Mas, o assunto é sempre renovado toda vez que acontece algo que nos remete a essa reflexão. As empresas sonegam impostos, sonegam qualidade em seus produtos, sonegam informações e nós julgamos isso errado, mas, e as pessoas, o que fazem? Empresas, sem pessoas, não passam de portas e paredes. Pensem nisso!

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