quarta-feira, junho 29, 2011

A EMPREGABILIDADE DO TRABALHADOR

O conceito de empregabilidade discute a portabilidade do talento profissional como uma condição do trabalhador em relação ao mercado de trabalho. É interessante frisar que a empregabilidade provoca uma mudança na relação do empregado com o mercado e a empresa no sentindo de que, sendo empregável o trabalhador sai da condição de pedir emprego para a de aceitar propostas. Para alcançar essa condição diferenciada temos que seguir um único caminho: a busca constante por novos conhecimentos e qualificações profissionais. Essa relação que se inverte, ou seja, as empresas deixam de ser buscadas pelo trabalhador como única forma de manter sua sustentação e sobrevivência e passam a ser contactadas por que o trabalhador conquistou condições de contribuir com seu crescimento é o ideal buscando nas empresas que já perceberam que o capital humano, o capital intelectual é o melhor produto do mercado. Mas, é interessante refletir acerca da condição de empregabilidade em comparação com a empresabilidade. Existem empresas que não são atraentes para empregados de talento. Elas servem para suprir a demanda por sobrevivência daqueles que ainda estão nesse nível de relação, mas, não servem para suprir as necessidades de um profissional que busca novos desafios, inovação, crescimento e sucesso profissional mais que apenas o salário. Empresabilidade é uma condição da empresa de tornar-se atraente para os talentos. Para conquistar essa condição as empresas necessitam organizar-se melhor, planejar seus processos e melhorar seus produtos. Existe, portanto, uma relação de troca interessante nessa realidade: a empregabilidade está diretamente relacionada com a empresabilidade. De nada adianta um trabalhador que alcançou condição de ser empregável ligar-se a uma empresa que não consegue ser empresável a ele. Mas, a tendência ainda é que existem muitas empresas que buscam o trabalhador para usar sua mão-de-obra, ou seja, a força de trabalho e não se dispõe a compartilhar conhecimentos e talentos. Não precisa pagar a formação, mas, é necessário que a gestão empresarial tenha a visão de negócio que implique em facilitar a seus trabalhadores o interesse e a busca de meios para qualificar-se. De nada adianta cobrar do trabalhador a qualificação se os gestores e proprietários das empresas não estão profissionalizando sua prática e nem qualificando seus processos e produtos. A convivência de empresas que valorizam conhecimentos e trabalhadores que os buscam é sempre altamente dinâmica e estimulante. Pensem nisso!

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