segunda-feira, julho 18, 2011

O COMPROMISSO COM A QUALIFICAÇÃO E A MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE VIDA NA COMUNIDADE.

O Brasil vive uma realidade paradoxal: enquanto alcançamos indicadores positivos de negócios em relação ao mundo nos vemos obrigados a importar conhecimentos para atender a essa nova condição. O problema é que, durante muito tempo, a produção de conhecimentos técnicos levavam o trabalhador a desempenhar bem funções mecânicas. Esquecemos de preparar trabalhadores para cargos de gestão e controle de equipes, cargos executivos. A cultura de trabalho perpetuada pelos proprietários de empresas ainda é a de pagar para fazer e não para pensar, assim, o capital intelectual no pais é baixíssimo e não faz frente ás grandes corporações e multinacionais que para cá vêem. Elas trazem suas fabricas para o país por que a mão-de-obra desqualificada é barata. Reforça assim, o paradoxo. As grandes corporações usam nosso trabalhador como usam os indianos, russos, chineses e tantos outros de países em desenvolvimento. Para que saiamos desse patamar de exploração da força de trabalho e nos coloquemos em melhores níveis de negociação precisamos mudar nossa realidade de formação acadêmica, treinamento e capacitação interna. A realidade enfrentada no país reproduz-se em nossa região. É interessante perceber, no entanto, que em alguns municípios do estado de Santa Catarina e, mais especificamente, no chamado Vale do Itajaí, os trabalhadores das indústrias multinacionais instaladas aqui estão percebendo a necessidade de melhorar a qualificação profissional e estão buscando meios para isso. A instituição de ensino em que atuo é credenciada da Fundação Getúlio Vargas, organização de ensino e formação de gestores melhor avaliada no país e reconhecida internacionalmente. Chama minha atenção o fato de que, nos cursos de pós-graduação e MBA oferecidos, tanto pela rede SOCIESC, quanto pela FGV, a presença de trabalhadores de outros municípios é expressiva. Sábado passado. Dia 02 de julho, um dia frio e pouco convidativo para qualquer coisa que não, ficar na cama até tarde, contou com 13 turmas de pós-graduação. As oito da manha o pátio da faculdade estava repleto e duas coisas me chamaram a atenção: os carros, pois, a maioria custava mais de 40 mil, e as origens, maioria de outros municípios, alguns bem distantes e já fora dos que integram o Vale. Fiquei a pensar: por que o trabalhador local não está buscando melhorar, tanto com graduação quanto com pós? Qual a percepção do nosso trabalhador com relação á sua qualificação?

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