quarta-feira, julho 27, 2011

O PLANO DE CARGOS E CARREIRAS E AS JANELAS ABERTAS

Uma organização, para conseguir expandir e fortalecer-se no mercado e, ainda, manter-se sólida por muito tempo, existindo por gerações, precisa construir seu plano de cargos e carreira. Essa exigência não é comum e nem necessária em pequenas empresas familiares. Mas, á medida que a empresa cresce, amplia o numero de produtos e clientes precisa de mais gente, e também, de um plano de cargos e carreira. Gosto muito da expressão do Henry Ford, o pai da administração cientifica, que, ao falar do plano de carreira de sua empresa dizia: “quando sai um diretor de minha empresa, entra um Office-boy”. Ele deixa muito claro um processo organizado e confiável de crescimento profissional dentro de sua organização. Essa seria uma receita ideal. Criar o plano de cargos e carreira e respeitá-lo deixando claro a aqueles que entram na empresa que, as oportunidades existem e que se valoriza o esforço e a qualificação. Quando uma organização cria um plano de carreira, mas, permite que pessoas entrem pela janela e ocupem cargos de comando, ela gera insatisfação, desconfiança, conflitos. No Brasil é comum as empresas criarem planos de carreira na tentativa de organizar-se e passar uma mensagem a seus trabalhadores de que, se houver compromisso, dedicação, envolvimento, serão valorizados e os méritos serão reconhecidos com promoções. Ocorre que, é comum também, o desrespeito ao processo por parte do comando. Tanto na organização pública quanto na privada, em relação ás carreiras e promoções sempre encontramos janelas abertas. Contratar pessoas que não seguem o fluxo do mérito e colocá-las em cargos de comando acontece muito e geralmente está relacionado á apadrinhamentos. Os donos, diretores, acionistas, apadrinham familiares, amigos, amigos de amigos, e os colocam na empresa para “ajudá-los”. Essa tendência criou uma cultura no país que é muito bem expressada pelo “você sabe com quem está falando?”. O problema é que, os afilhados, geralmente, não conquistam o cargo por competência. E nem se ocupam em conquistar mérito estando no cargo. Agem como se não precisassem fazer esforço devendo ser reverenciados por serem “amigos do rei”. Essa tendência faz cair por terra toda uma construção de valores. Fragiliza culturas empresariais, coloca em dúvida a ética e os valores, desmotiva. Competência não se consegue com padrinhos, ou por força de indicações, conquista-se com esforço pessoal. Pensem nisso!

Nenhum comentário: