segunda-feira, junho 06, 2011

UMA AÇÃO QUE DESVALORIZA E O DISCURSO DA NECESSIDADE DE TRABALHADOR QUALIFICADO

Essa semana, caros leitores, aprendi uma coisa importante para minhas conclusões e consultoria em gestão de pessoas e quero compartilhar com vocês. Fui colocada em contato com um comportamento, no mínimo estranho, por parte do empresariado local que motivou alterações nas analises que já fiz nesse jornal anteriormente acerca da cultura empresarial local e comportamento do trabalhador. Tenho debatido ha algum tempo acerca do grande desafio dos empresários locais para melhorarem sua estrutura de prestação de serviços e atendimento em relação ao despreparo do trabalhador, tanto na formação acadêmica, quanto na preparação pessoal. A partir de minha prática, em outros estados, em gestão de pessoas e comportamento do trabalhador tenho tentado provocar reflexão acerca da importância dos empresários locais profissionalizarem suas empresas e até buscarem formação acadêmica que os preparem para as exigências do mercado de negócios e de trabalho, em relação ás pressões externas produzidas por empresas concorrentes que certamente ocuparão espaço no mercado local. As pequenas empresas familiares de serviço, modelo comum á região devem procurar formas de manterem-se competitivas e evitar perder espaço para novos empreendimentos que começam a surgir, vindos de outras localidades, a saber, Curitiba, São Paulo e Porto Alegre. Esses grandes centros já possuem experiências e conhecimentos que os preparam melhor para a competição acirrada gerada por produtos de qualidade próxima e diferencial no atendimento como meio de garantir clientela. A competição atual se baseia no atendimento e na qualidade da prestação de serviços e para isso, é necessário conhecimentos de psicologia do consumidor, marketing pessoal e empresarial, marketing de relacionamento, planejamento estratégico, entre outros. Ocorre que, tenho falado sobre a importância da qualificação e da defasagem desta na região e apontado a queixa dos empresários em relação ao mercado de trabalho que não disponibiliza pessoal qualificado. Essa semana descobri que alguns empresários desvalorizam a formação acadêmica do trabalhador ao preferir estagiários, estudantes, para desempenhar funções que seriam de profissionais graduados motivados por uma “economia” nos salários. Fiquei perplexa, pois constatei que esse comportamento vai na contramão do discurso, ou seja, o empregador reclama da desqualificação, mas, desvaloriza os que buscam qualificar-se. Qual o destino dessas empresas? Pensem nisso!

Um comentário:

WIZARD disse...

Realmente é assim que percebo também, enquanto essa política de economia salarial prevalecer, essas empresas estarão fadas ao fracasso, cedo ou tarde! É importante que os profissionais também não "prostituam" suas funções, não aceitando qualquer emprego que não os valorize, tão pouco aqueles que não adequem salário-formação-função!