quarta-feira, novembro 05, 2008

SOBRE A SELEÇÃO.

"Toda casa tem um regra e é preciso
aprender a regra, para viver bem, na casa!!! "
(Elisa Masasi – 4,6 anos).
Esta frase dita por uma criança de menos de cinco anos completos marcou minha vida. Pude confirmar que podemos ensinar crianças e que elas aprendem observando seu ambiente e tirando suas próprias conclusões. O professor Mario S. Cortella nos lembra que, quando a criança chega á escolinha infantil, com uns 3 anos, ela já assistiu, em média, a umas 5mil horas de TV. Já interagiu com os mais diversos programas e com a forma como as pessoas a sua volta interpretam o que assistem. Pois bem, isso também determinará a forma como essa criança será selecionada no futuro trabalho e na vida. Sim, estou falando de seleção natural, algo maior que a seleção Darwiniana, mas, parte dela também. As pessoas são escolhidas o tempo todo: por suas competências, suas habilidades, seus princípios, seus valores, suas atitudes, pelos livros que lêem, pela condição de respeitar e acreditar em regras, pelo lugar onde moram, onde se divertem, etc. Uma empresa assim como qualquer casa, aceita pessoas quando essas conseguem entender as regras que regem o local e respeita-las. Caso contrário as pessoas e os trabalhadores são colocados á margem. Á margem da família, da sociedade, do trabalho. Já disse em artigos anteriores que o bandido também tem código de ética para respeitar, ou seja, tem regra. A marginalidade também tem regras e lá, quem não obedece paga com a vida. Fico pensando na profundidade do que a pequena Elisa disse, na extensão e importância do que ela, na inocência de seus 5 anos incompletos conseguiu internalizar, e mais, transmitir. Por isso nunca esqueci sua fala. Encantou-me a propriedade do que foi dito no momento em que foi dito (eu e a mãe de Elisa estávamos conversando sobre o mal comportamento de um jovem da família e Elisa quieta, ao lado, escutando, enquanto comia seu lanche, de repente, sai com a máxima) Esse principio básico pode e deve ser ampliado pelas mentes adultas até chegar a Deus. Se quisermos ousar, por que é isso, unicamente isso. Elisa, em sua fala, completa: “cada casa tem sua regra e se nós brigamos e não respeitamos a regra de uma, vamos mudando e mudando, mas, no final, temos que obedecer as regras da ultima casa”. Penso que, se lembrarmos as regras da dogmática religiosa, a ultima morada pode ser a casa do Pai. Assim, respeitar regras fundamentais como, o respeito á pessoa, á vida, ao trabalho digno, ao lugar do ser humano nesse UNIverso são condições necessárias para uma vida integrada e saudável. Toda casa tem uma regra, toda empresa tem regras, toda pessoa cria, para si, como forma de adequar-se ao coletivo: regras. Não há como fugir. Se não concordas com a regra não podes simplesmente desobedece-la deves ser capaz de fazer a crítica, fundamentar as idéias e oferecer regra melhor, mais coerente com a situação. Desobedecer simplesmente provoca caos social e perda de oportunidades de trabalho. Será por isso que tantos mudam de emprego? Por não saberem obedecer regras? Pensem nisso!

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