domingo, julho 26, 2009

O “vestir a camisa” da empresa.

Toda empresa espera que seus trabalhadores “vistam a camisa”, mas, como levá-los a isso efetivamente? Esse é um trabalho demorado e cuidadoso que, durante muito tempo pensava-se estar a cargo apenas do trabalhador. A responsabilidade de assumir como seu o sucesso da empresa ha muito é percebido como o retorno do trabalhador pelo salário e emprego conquistados. Sabe-se hoje que a coisa não funciona dessa forma. As empresas que perceberam a necessidade de mudança na relação com o trabalhador e que pensaram estratégias para mantê-lo e estimulá-lo estão á frente na garantia de lugar no mercado em crise. Empresas que estabelecem “contrato psicológico” com seu trabalhador no sentido de trocar vantagens e valorizar o esforço do empregado para que ela mantenha-se e cresça estão passando o período de crise de forma mais saudável e ainda, descobrindo os talentos que têm. O que muda nesse cenário? Muda a relação, muda o contrato, mudam os resultados. Podemos ler livros e artigos em grande quantidade falando sobre a importância de uma nova relação entre empresas e seus trabalhadores, mas, dependendo da região e das culturas percebemos também uma enorme distancia entre o que já se sabe e a prática do dia-a-dia das empresas. Na região de Balneário, Itajaí e municípios de entorno, percebemos que, excetuando as grandes empresas multinacionais ou de capital nacional aqui existentes, as médias e pequenas de cultura e capital local, ainda não tratam seus trabalhadores com a visão de capital intelectual e talento. Não estabelecem relação de troca no sentido de todos crescerem e ganharem. As pequenas e médias empresas com cultura e gestão locais ainda vivem com a mentalidade do século XIX, ou seja: oferecem pouco e esperam muito do trabalhador. Exploram a força de trabalho e não investem no desenvolvimento de potencialidades. Esse comportamento é comum á culturas de produção ainda ligadas á visão industrial do capitalismo selvagem. A forma de relação nas grandes corporações já mudou e já apresenta ótimos resultados na produção de conhecimentos e de lucros, mas, as pequenas e médias da região ainda tiram tudo o que podem do trabalhador e pouco retornam. Ainda acreditam que o salário é o maior interesse do trabalhador, pior, acreditam que o fato de terem o trabalho é o maior valor. Os trabalhadores dessa mesma cultura também acreditam assim, por esse motivo permitem a relação de exploração. Pense nisso!

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