sexta-feira, agosto 19, 2011

EMPRESABILIDADE x EMPREGABILIDADE: um desafio contemporâneo

Fala-se muito hoje da condição do trabalhador de conquistar trabalho em função de sua qualificação e experiências, a isso chamam empregabilidade. O trabalhador empregável é aquele que detém conhecimentos e práticas em grau diferenciado, o que lhe permite escolher empresas e não apenas, ser escolhido por elas. O talento humano no ambiente produtivo é percebido como riqueza, desde que, agregue valor á riqueza da organização. Encontram-se maiores discussões acerca deste lado da relação, até por que, a tendência é, geralmente, colocar sobre o trabalhador a responsabilidade por melhorar sua qualidade produtiva. Mas, existe outro lado dessa relação: as empresas são atraentes aos empregáveis? A questão do momento é, as empresas que querem trabalhadores com alto valor agregado e, portanto, empregável, estão se preparando para reter esse trabalhador? Estão cuidando de suas condições internas no sentido de manter-se empresável? A empresabilidade de uma empresa é medida por sua condição de desenvolver e reter talentos. O desafio nessa relação é a manutenção de certo equilíbrio, situação que, certamente, nos colocaria, enquanto país em patamares melhores do que aqueles alcançados atualmente. Existe uma discussão no meio acadêmico e empresarial que incomoda o país desde os finais da década de 90 do século passado: a perda de cérebros. Essa expressão serve para indicar um fenômeno preocupante para o desenvolvimento do país: perdemos cabeças, pessoas com alto conhecimento agregado a experiências e contatos. Se maioria das empresas não são empresáveis aos trabalhadores empregáveis estes acabam por buscar outros ambientes, outros países, onde possam desenvolver-se ainda mais, sendo estimulados, desafiados, e principalmente, onde conseguem praticar seus conhecimentos. Essa é a grande questão: de que adianta um trabalhador com alto valor agregado em uma empresa que pensa e age com base em arcaicos conceitos e práticas de gestão? Os donos de pequenas empresas, os gestores de pequenas empresas precisam começar a ocupar-se disso. Empresas que almejam crescer e manter-se competitivas precisam de pessoal qualificado, mas, essa responsabilidade não pode ser assumida apenas pelo trabalhador. Tornar-se atraente para aqueles que são atraentes. Esse namoro só acontecerá quando essa relação alinhar-se. Antes, não haverá meios de retenção e continuaremos a perder aqueles que teem visão de futuro e se preparam para ele. Pensem nisso!

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